Algas Marinhas: do Mar à Mesa – Explorando os neutracêuticos como o “Pão Mondego” e o “Gemacol”

Dia
Dia 5, Segunda-feira
Horário
11:00-11:45
Local
LFA Talks
Organização
UC

Programa

Um estilo de vida mais sedentário, associado a uma dieta pobre em vegetais constitui um caminho para alterações no perfil lipídico. Estas mudanças podem detetar-se pela avaliação dos níveis de colesterol total (CT), colesterol-lipoproteínas de alta densidade (C-HDL), colesterol-lipoproteínas de baixa densidade (C-LDL) e triglicerídeos (TG). Modificações no perfil lipídico constituem o principal fator de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, especialmente o aumento dos níveis de CT e C-LDL. Em associação aparece o conceito de síndrome metabólico, relacionado com maior risco de desenvolver Diabetes Mellitus tipo 2, tornando pertinente uma avaliação da concentração da glicose. O elevadíssimo impacto que estas patologias representam na sociedade e saúde das populações, favorece o investimento de investigações sobre a problemática.

As algas marinhas apresentam-se como um alimento natural, por enquanto silvestre, mas potencialmente cultivável, com um índice de crescimento capaz de sustentar uma aquacultura benéfica para o ambiente. Pobres em gorduras, as algas possuem ficocolóides (agar-E406, carragenanas-E407, alginatos de E400 a E405) comportando-se, na sua maioria, como fibras hidrossolúveis, praticamente sem valor calórico. Mostram, ainda, uma vasta aplicação na indústria alimentar, cosmética e farmacêutica.

É fundamental compreender a associação que existe entre a alimentação/dieta com determinadas doenças. As macroalgas têm sido utilizadas como suplementos alimentares ou como ingredientes na constituição de alguns alimentos. Existem resultados benéficos da ingestão destes produtos em doenças metabólicas (diabetes), com a redução dos níveis de açúcar e colesterol no sangue. Por outro lado, o número de pessoas com doenças associadas com o consumo de cereais com glúten tem vindo a aumentar, o que justifica a necessidade de desenvolver produtos alimentares apropriados para esta condição. No entanto, os produtos atualmente disponíveis no mercado são difíceis de desenvolver, de custo elevado e apresentam alguns défices como a falta das características que o glúten confere a estes alimentos, e que são difíceis de obter sem este composto, e de salientar o baixo teor de proteínas que possuem.